Uma poética da memória

Ana Valeska Maia[1]



“O que vivemos,
colocamo-lo nos sonhos que fazemos”.

Maria Gabriela Llansol



Toda experiência é carregada de linguagem.
Somos herdeiros dos construtos humanos desde quando há milhões de anos nossos ancestrais mais longínquos perambulavam em terras africanas. Mergulhamos a todo tempo nas águas do mundo, nas águas do tempo, navegamos pelo mar agitado da cultura. Caminhamos seguros pelas margens do lago das lembranças e adentramos, mesmo sem querer, no rio do esquecimento.
Herdamos desejos e medos. Lançamos perguntas ao céu estrelado, tememos os mistérios da natureza, a fúria dos deuses, imprimimos marcas em cavernas, planejamos a continuidade da vida após a morte, criamos símbolos, rituais, totens, papéis sociais, permissões e proibições.  Dominamos o fogo, desenvolvemos técnicas de agricultura e criação de rebanhos. Dos grupos passamos às civilizações, ao domínio da escrita, aprimoramento do comércio e urbanização crescente da vida coletiva. Herdamos a cultura dos impérios orientais, da civilização greco-romana, de todos os domínios que no passado ou no presente nos assombram e encantam.
A história humana acontece desde tempos imemoriais entre conflitos e pacificações. Impregnados de buscas ancestrais, de relações de poder, estão questões morais, míticas, religiosas, científicas, artísticas. Nelas desaguamos nossos sonhos e angústias de porvir em narrativas, conceitos, teorias. Uma história habitada, nossa morada, legado profundo, o que mora em nós, memória.
Após longo percurso, chegamos ao século XXI: tecnológico, virtual, veloz, interconectado. Época do proliferar de imagens, monitores, aplicativos, da miríade de notícias percorrendo caminhos, da fartura de informações circulando pelos canais das redes sociais. Modelos, padrões, tendências, ganham forma em nossos computadores e celulares inteligentes. Milhões de resultados aparecem em um clique e, em um piscar de olhos, são dissipados nas nuvens do ciberespaço.  Sociedade hedonista, do consumo, do espetáculo, do mundo das coisas, que devem ser rapidamente consumidas e substituídas por outras sem cessar.  
Em nosso tempo, repleto de transformações tecnológicas, permeado pelas efemeridades e predomínio da velocidade, emerge uma poética da memória na produção artística contemporânea. A pesquisadora Katia Canton desenvolve impressões sobre este interesse, do cultivo da memória como possibilidade de resistência, recriação e reordenamento do existir:
A memória, condição básica de nossa humanidade, tornou-se uma das grandes molduras da produção artística contemporânea, sobretudo a partir dos anos 1990. Nesse momento, proliferam obras de arte que propõem regimes de percepção que suspendem e prolongam o tempo, atribuindo-lhe densidade, agindo como uma forma de resistência à fugacidade que teima em nos situar num espaço de fosforescência, de uma semiamnésia gerada pelo excesso de estímulos e de informação diária. (p. 21).
  A escrita deste artigo se propõe a tecer reflexões sobre lembranças, esquecimentos e o fluir de uma poética da memória na arte contemporânea, dando ênfase à produção da artista Cláudia Sampaio, em sua casa-intervenção. É um convite ao mergulho, à simbiose entre memória e imaginação. “Todo um passado vem viver, pelo sonho, em uma casa nova”, argumentou Bachelard (p.25). Trata-se de um convite, portanto, a penetrar nesse lar, percorrer seus aposentos, colher o que inesperadamente brota dos recônditos, caixas, armários, cofres, gavetas.
Nesse sentido, abrir uma passagem para reviver algo do passado de uma maneira nova, encontrar alguma chave anteriormente perdida em um porão escuro onde se alojaram nossos esquecimentos.  Por conseguinte, celebrar as virtudes do devaneio e da introspecção, do contato íntimo com o essencial de nossa condição humana, sempre um composto entretecido de alma e corpo, sedento e desejante de abrigo.


Tear de lembranças e esquecimentos
Fecho os olhos e as lembranças chegam como a chuva que começa tímida, escondendo seus propósitos em tênue umidade, e quando damos conta dela não temos abrigo, estamos encharcados por seus arroubos e intensidades. As imagens do que foi vivido jorram belas e melancólicas nesta paisagem de outono, quando as folhas se desprendem lentamente dos ramos das árvores, acumulando-se no solo, e então, ao caminharmos, nossos pés mergulham nesta paisagem ressecada, numa simbiose farfalhante. O olhar encanta-se com o alaranjado desbotado das folhas mortas, que continuam vivas em quem tem a sensibilidade não apenas para olhar a cena, mas para lhe dar sentido, vendo, reparando, sentindo, imaginando, esquecendo e lembrando.
Penso no tom alaranjado das folhas que caíam das árvores na cena de outono que um dia vi. Correspondem ao que foi? E o formato das folhas, é o que preservei em mim? Além disso, os cheiros, as emoções que senti neste dia que não é mais, são as que agora revivo enquanto rememoro? Sou como o homem que atravessa o rio de Heráclito, um ser em constante transformação? E, portanto, ao lembrar, ao conectar presente e passado, também invento, recrio algo novo?
Um outro ponto de reflexão: se desejássemos escrever uma autobiografia compromissada procuraríamos recordar as experiências da infância, da adolescência, da idade adulta. Buscaríamos portas longínquas e, tateando entre frames e relances em busca de chaves e conexões, costuraríamos o filme de nossa história. Colcha de retalhos, quebra-cabeça, mosaico de sentimentos: aos poucos uniríamos os fatos, os encontros, desencontros, alegrias e decepções.  A estabilidade e os momentos de loucura, o equilíbrio e a queda. A lembrança da voz melíflua do aconchego ou o afastar da voz grave da repulsa. Presentes ou ausentes eles estariam na narrativa: pai, mãe, avós, irmãos, filhos, amigos, colegas de escola.
Essa história intencionalmente lembrada seria uma reprodução do que foi vivido no passado ou seria uma mistura de afetos, entrelaçamento constante do projetar o  passado no presente e assim reciprocamente? Mescla impossível de separar entre realidade e invenção?
Há um rio que atravessa a casa. Esse rio, dizem, é o tempo. E as lembranças são peixes nadando ao invés da corrente. Acredito, sim, por educação. Mas não creio. Minhas lembranças são aves. A haver inundação é de céu, repleção de nuvem. Vos guio por essa nuvem, minha lembrança. (Couto, p.25).
“A vida em si não é a realidade. Somos nós que pomos vida em pedras e seixos”, afirmou Frederick Sommer.  No conto “Inundação”, do escritor Mia Couto, o narrador fala de suas memórias de infância, da voz da mãe, portadora de emoções, do impacto da voz que traz a “noite em pleno meio-dia”, do que foi esquecido e depois lembrado,  do que foi lembrado e depois esquecido, compasso de um coração vivo. O que foi cozido na intensidade das paixões, seguindo o rumo do borbulhar emotivo, constante alternar do esquentar e do esfriar. Nuvem que se desfaz no céu e aos poucos surge com outro formato. Transformação ininterrupta: uma piscadela, um instante apenas e, em segundos, já não temos uma história idêntica, algo foi acrescentado, algo foi suprimido, somado, alterado. Se não somos os mesmos, o que em nós permanece?

Uma poética da memória na arte contemporânea
É fato que ansiamos pela permanência, pelo aprisionar do que foi intensamente vivido. Ter instrumentos para guardar o momento que sempre se esvai, para que algo único e importante possa ser revisitado não somente nos vastos campos da memória, já que a lembrança trai no relato de suas viagens. Então guardamos, colecionamos, registramos, documentamos: objetos, cartas, desenhos, pinturas, gravuras, fotografias, um gravador que captou uma voz, um diálogo, vídeos que exibem as festas de família.  Vemos as pessoas que já se foram de nossas vidas, nos vemos como já não somos.
As possibilidades de registro do passado contribuem para consolar o desejo de que as nuvens, que sempre se transformam, possam ser sempre as mesmas. Entretanto, como fazer emergir o que nos habita e que não lembramos?
Com efeito, que somos, que é o nosso caráter, senão a condensação da história que vivemos desde o nosso nascimento, antes dele até, já que trazemos conosco disposições pré-natais? É certo que pensamos apenas com uma pequena parte de nosso passado; mas é com nosso passado inteiro, inclusive com nossa curvatura de alma original, que desejamos, queremos, agimos. Nosso passado, pois, manifesta-se-nos integralmente por seu ímpeto e na forma de tendência, embora apenas uma tênue parte dele se torne representação. (Bergson, p. 48)
O que vivemos nos compõe e é interessante que as bases dessa composição são habitadas por memórias não acessíveis pelos canais corriqueiros da lembrança. Nossa formação nos primeiros anos de vida, as experiências pré-natais, o que ancestralmente dialoga conosco, os mitos herdados. Se uma tênue parte desta memória consegue ser simbolizada de forma eficaz, verdadeira, dialogando com sentidos universais, podemos falar de arte como uma poética da memória.
Em meados da década de sessenta, ao aproximar a arte das atividades terapêuticas, Lygia Clark promoveu inúmeras sessões de sensibilização coletiva utilizando objetos sensoriais - balões de ar, sacos de areia, conchas, pedras, água -, ações que resignificaram  concepções  e possibilidades do fazer artístico, abrindo caminhos para o que foi posteriormente desenvolvido na arte contemporânea brasileira. Lygia Clark propõe com seu trabalho uma jornada de desterritorialização de inúmeros referenciais construídos, principalmente no que envolve a relação entre espectador e obra, ao explicitar que as possibilidades da arte eram incomensuravelmente mais amplas do que as concepções estabelecidas pelo sistema que restringia o espaço somente à contemplação.
Anna Maria Maiolino, imigrante italiana no Brasil, no trabalho “Por um fio”, de 1976, discute a questão geracional que atravessava fronteiras, simbolizando os laços familiares através de um fio que une mãe, filha e neta. Adriana Varejão tece uma releitura da história colonial brasileira. Fissuras e aberturas inusitadas nos azulejos portugueses evidenciam as vísceras, a carne maltratada da vivência colonial.
A artista Beth Moisés conviveu com mulheres vítimas da violência e desenvolveu uma série de trabalhos, observando o dia-a-dia da delegacia de proteção à mulher. Ouviu atentamente o relato das lembranças dessas mulheres: soube de muitas dores e dilaceramentos, viu fotos de casamentos desfeitos pela violência, histórias de famílias partidas. Trouxe essa energia para as ruas, em performances públicas com centenas de mulheres que utilizavam novamente seus vestidos de noiva e, juntas, percorriam grandes avenidas, cada uma com seu buquê. As pétalas eram lentamente deixadas no caminho. Os espinhos seriam enterrados coletivamente por todas, em um ritual que contava com um grande buraco que receberia o símbolo desta dor compartilhada.
Cao Guimarães trata de uma “memória  de tempos inteiros”. No trabalho “Between – inventário de pequenas mortes”, evidencia o percurso de uma pluma flutuando ou uma flor que voa até cair em um vaso sanitário. José Rufino na obra “Cartas de Areia”, manipulou centenas de envelopes de cartas remetidas ao avô do artista. Conforme Canton (p.39):
“Os envelopes, cujo endereçamentos foram recobertos por pinturas, tornaram-se palimpsestos, com seus rastros históricos, ora omitidos, ora apenas sugeridos por carimbos, números ou pedaços de palavras que insistem em aparecer por baixo dos traços de nanquim, dos contornos dos lápis, das cores de aquarelas e têmperas. Os desenhos que se sobrepõem e brotam dos envelopes estão imbuídos daquele tempo”.
O “Claviculário” de Elida Tesler é composto por um quarto repleto de chaves. Em cada chave está gravada uma palavra ou pequenos trechos que estavam nas cartas que a mãe de Elida escreveu antes de morrer. Quanta força neste trabalho intimista, que expõe a relação específica da artista com sua mãe e, no entanto, ao mesmo tempo se interpenetra na história anônima de tantas outras mães e filhas, pela representação das chaves, no quarto e na escolha adequada das palavras.  

A casa de Cláudia Sampaio
Em 2004, a artista Cláudia Sampaio iniciou um processo de interferências em sua casa. Uma noite longa provocada pela insônia impulsionou o expressar de uma língua rupestre, uterina e antiga como a vida humana em suas moradas mais profundas. “Mais um dia” e “Confissões” foram títulos iniciais para o desenvolvimento das transformações no lar da artista, pouco a pouco metamorfoseado em um palco de memórias.
A “casa-intervenção” foi recebendo desenhos, grafismos e palavras que parecem brotar do concreto. Um universo denso abre as portas: armários, baús, gavetas e caixas exibem uma profusão de objetos: cartas unidas por um laço de fita, bonecas de porcelana com grandes olhos, cílios fartos e lábios miúdos, terços, mapas, radiografias, fotografias de família esmaecidas pelo decurso do tempo, retratos pintados, santos quebrados, chaves, taças de cristal turvas pela poeira, pentes velhos, anzóis de pescaria, flores secas entre livros, diversos papéis, muitos fragmentos de sonho. Agindo como amálgama e habitante de tudo, um coração andarilho que recria o que foi vivido, que faz de seu jorro, memória.
Nas paredes a artista escreve, agrega materiais, anota resquícios de vivências.  Inclui nomes, afetos, experiências, desenha símbolos, rabisca poemas. A casa, que simboliza abrigo, refúgio ou proteção, se despe das muralhas, corpo sem proteção, carne exposta.  A casa sangra, chora e ri. Sofre as dores dos rompimentos, das decepções. Cláudia Sampaio medica as paredes, aplica curativos, tenta juntar o que se fragmentou, costura os cacos.
O imóvel adquire vida, é um organismo. Uma casa-corpo. As unhas arrancam superfícies, como se fertilizassem o solo. Das paredes brotam flores, cruzes, preces, lembranças, poemas. Diz Bachelard (p. 25): “todo espaço realmente habitado traz a essência da noção da casa”. 
[...] veremos a imaginação construir ‘paredes’ com sombras impalpáveis, reconfortar-se com ilusões de proteção – ou, inversamente, tremer atrás de grossos muros, duvidar das mais sólidas muralhas. Em suma, na mais interminável das dialéticas, o ser abrigado sensibiliza os limites do seu abrigo. Vive a casa em sua realidade e em sua virtualidade, através do pensamento e dos sonhos. (p. 24)
 “Aos poucos, a interferência começou a acontecer em todos os locais”. Afirma a artista em entrevista concedida. “Alguns símbolos estão sempre presentes. A chave, os santos que minha tia não tem coragem de colocar fora, quando quebra ela me dá. Sinto a casa como um corpo onde vou agregando órgãos, coisas”.  
“Existe um momento que eu não esqueço, quando nos mudamos pra cá, eu era menina e não queria ficar na casa, queria voltar para minha casa antiga”.  Entretanto a artista ficou na casa nova e nela desenvolveu seu tear de afetos. Trouxe a casa antiga, a história de seus antepassados, sua própria história. Memórias que foram se entranhando nas paredes e objetos:
 “A casa  onde se desenvolveu uma criança é povoada de coisas também preciosas, que não têm preço. Nas lembranças pode aflorar a saudade de um objeto perdido de valor inestimável que, se fosse encontrado, traria de volta alguma qualidade da infância ou da juventude que se perdeu com ele” (Bosi, p. 361).
A casa de Cláudia Sampaio é um espaço de fluxo de uma poética da memória, tecida por lembranças e esquecimentos. Quando a artista imprime sua marca resultante no cultivo de uma busca genuína, alquímica no domínio técnico e na vazão do sensível fala a linguagem da arte que pode nos tocar profundamente: “Antes de ser produção ou habilidade, a arte é primeiramente desvendamento, instauração, ou aplicação de uma verdade”. (Comte-Sponville, 2002, p.108). Uma verdade que acompanha o desenrolar de uma longa história: “Antes do homem há o mundo, e o mistério do mundo. Estamos dentro: no âmago do ser, no âmago do mistério – no âmago de tudo” (Comte-Sponville, 2007, p.15). Mar adentro, lago das lembranças, rio do esquecimento: mistério, busca, caminho, casa, morada do ser profundo.   

Considerações finais
Afetos são construídos no tempo e tudo o que vivemos nos acompanha. O que sentimos, pensamos, quisemos durante nosso existir está lançando efeitos na percepção do presente. Experiências difíceis ou a ansiedade do novo por vezes podem despedaçar alguns abrigos da memória. Muitos artistas desenvolvem seus trabalhos na resignificação dos entrelaçamentos entre o passado e o presente, ressaltando uma poética da memória, como no  trabalho desenvolvido pela artista Cláudia Sampaio.
Enfim, mesmo se desejássemos não mais lembrar, porque a experiência doeu, a porta sempre estará aberta para o passado, que também é nossa casa. Entre sem bater. Se precisar de chaves, busque na arte. Não existe borracha que apague as lembranças ruins, ou milagre que preserve o bom para sempre, mas existe a arte para proporcionar um novo sentido, fazer do vivido um vivido poético.   Este é nosso material de trabalho, sejamos oleiros de nossa obra. Fecundando outros possíveis com uma poética da memória, porque somos o que lembramos e, sobretudo, somos o que esquecemos.

Referências Bibliográficas

BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
BERGSON, Henri. Memória e vida. 2 ed. São Paulo, Martins Fontes, 2011.
BOSI, Eclea. Memória e Sociedade: lembrança de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
CANTON, Katia. Tempo e Memória. Coleção Temas da Arte Contemporânea. São Paulo, Martins Fontes, 2009.
COMTE-SPONVILLE, André. Apresentação da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2002.  
COMTE-SPONVILLE, André. A vida humana. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 
COUTO, Mia. O fio das missangas. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.



[1] Graduada em Direito (UFC), Artes Visuais (FGF) e Mestre em Políticas Públicas e Sociedade (UECE). Curadora de exposição de Artes Visuais. É autora dos Livros “Pulsão irrefreável: arte contemporânea no feminino” e “Tessituras: em contos, crônicas, poesias e imagens”. Mantém o blog: http://oseremovimento.blogspot.com.  Atualmente é professora na Fanor – Faculdades Nordeste. Email: anavaleskamaia@gmail.com.

PROJETO 1/4


           


PROJETO 1/4


             Estamos inaugurando o projeto ¼, onde artistas das diversas linguagens são convidados para expor. Para tanto, é necessário que o artista em sua proposta  dialogue com o site specifc.

            Participarão da mostra Claudia Sampaio, Nelke Sommerdikj e Giselle Fernandes. A artista holandesa Nelke Sommerdijk, especialista em fotografia, cursou a Gerrit Rietveld Academia em Amsterdam e Comunicação e Design na Universidade Essen na Alemanha. Em sua pesquisa artística, Nelke, que reside há doze anos na Vila do Estevão, aborda temas relacionados às “ aldeias tradicionais no Brasil”, onde registra com olhar sensível o cotidiano de seus moradores. Seu trabalho para o Projeto ¼ consiste em uma série de fotos realizadas entre 2011 e 2012 no Brasil e nos Países Baixos que questionam o uso da burca azul, conhecida como ‘chadri’ no Afeganistão. Giselle Fernandes é atriz, formada pelo Curso de Arte Dramática – CAD/UFC e pelo Colégio de Direção Teatral – CDT/ Instituto de Arte e Cultura do Ceará. Giselle apresentará a performance “ Todo portão guarda um segredo”.


Exposição das 14 às 17 horas , dia 08 de dezembro.Rua Oliveira Viana, 158, Papicu.






















63º Salão de Abril. Mostra Contemporânea e seminário “A Cidade e suas Desconexões Antrópicas” na Galeria Antônio Bandeira, Vila das Artes, Passeio Público, Atelier CasaIntervenção, Praia de Iracema e Centro da Cidade de 17 de abril a 30 de junho.




63º Salão de Abril. Mostra Contemporânea e seminário “A Cidade e suas Desconexões
Antrópicas” na Galeria Antônio Bandeira, Vila das Artes, Passeio Público, Atelier
CasaIntervenção, Praia de Iracema e Centro da Cidade de 17 de abril a 30  de junho. Mais
informações sobre o Salão de Abril:http://www.salaodeabrilfortaleza.com.br/





“O diverso luminoso” – Exposição de Fotografia e Artes visuais- Março 2012


I



I Luz nas Artes - Feira de Projetos Culturais do Ceará.
“O diverso luminoso” – Exposição de Fotografia e Artes visuais

Curadoria – Maíra Ortins


Artes Visuais:Meire Guerra (fotografias e cartas); Claudia Sampaio

A CasaIntervenção no Circuito do 63º Salão de Abril

Seleção do 63º Salão de Abril revela que a produção artística do País está mais variada e descentralizada


        A dois meses do início, o 63º Salão de Abril já tem seus trinta trabalhos selecionados - e eles revelam algumas transformações no circuito nacional de artes. Após anos com pouca expressividade, a pintura em tela voltou a mostrar sua força. "Na tradição da arte contemporânea, ela tinha quase desaparecido", comenta Maíra Ortins, coordenadora de artes visuais da Secultfor (Secretaria de Cultura de Fortaleza) e organizadora do Salão, que acontece de 17 de abril a 30 de junho, na Galeria Antônio Bandeira/Centro de Referência do Professor. A curadoria é do fotógrafo Silas de Paula, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e os artistas visuais Marcelo Campos e Eduardo Frota.
      Um dos diferenciais do 63° Salão de Abril é o convite a artistas ibero-americanos para exporem suas criações em Fortaleza, no Espaço Atelier Cláudia Sampaio, na Casa Alpendre e no Espaço Cultural dos Correios. Este último já está definido como local que receberá as obras da fotógrafa galega Maribel.


Mais informações:63º Salão de Abril. De 17 de abril a 30 de junho, na Galeria Antônio Bandeira - Centro de Referência do Professor. Informações: 3105 1358

http://www.salaodeabrilfortaleza.com.br

MÔNICA LUCAS
ESPECIAL PARA O CADERNO 3 - 

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1106290

Até Meio Quilo - LONDRINA E SALVADOR









 LONDRINA
Casa da Cultura UEL de 25/08 a 04/10

obra: + um dia
fotografia,colagem, desenho em acrílico
22 x 15 cm




Meio Kg – SALVADOR
Museu Eugenio T. Leal
18/nov/2011 a 12/dez/2011

claudia sampaio

claudia sampaio
MISTÉRIOS
Tem mistério a tua parede,
Mais um dia!
+ um dia + um dia + um dia + um dia + um dia + um dia + um dia + um dia.........
Que agonia!
Contar assim
INNNNNNNF I N I T A M E N T E........... !!!!!!
Quem olha não vê
Quem olha não sente
os mistérios que contêm a tua parede.
Quem olha se encanta,fica contente
E .............. vai embora
A casa FICA guardando os mistérios
Presos
Quem olha não sabe
Nem quebra-cabeça
Nem mágicas
São dores das almas
aflitas
do SEMPRE !
Quem olha não SE SABE
Quem olha não SE VÊ
Mistérios INNNNNNN F I N I T A M E N T E presos, disfarçados
na parede do teu coração.

Eliana De Francesco

convite | projeto < Porta Aberta>

convite | projeto < Porta Aberta>

Quarto 2


projeto

Quarto 2

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Quarto 2

Quarto 2

Quarto 2
27 /11/2010

casa Intervenção

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Alunos do FIC - 2008

mais um dia..nov 2010

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Suely Rolnik, Olívio Tavares e Claudia Sampaio

Salão de Abril 2008

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Terminal do Siqueira

Salão de Abril 2008

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"O ALMOÇO"- Sigbert Franklin, Jussara Correa, Júlio Camarero e Meyre Guerra

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juliana Monachesi

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"O ALMOÇO" - Herbert Rolim

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